Como saber se seu gato está com problemas renais

Os problemas renais em gatos são silenciosos e frequentemente detectados tardiamente, principalmente em felinos mais velhos. O Dr. Silvio André, especialista em animais de pequeno porte alerta que reconhecer os sinais precocemente pode garantir qualidade de vida e manejo adequado ao seu pet.
1. Sede e micção aumentadas - Um dos sinais de alerta são a polidipsia (sede excessiva) e a poliúria (micção frequente e em grande quantidade). Isso ocorre porque os rins comprometidos perdem a capacidade de concentrar a urina corretamente. Fique atento se a caixa de areia estiver mais molhada que o habitual ou se o gato buscar bebedouros improváveis.
2. Falta de apetite, perda de peso e vômitos ocasionais - A insuficiência renal promove o acúmulo de toxinas que causam desconforto gástrico, resultando em náuseas, vômito e redução do apetite. O emagrecimento pode ser rápido e perceptível ao tutor.
3. Letargia, hálito ruim e desidratação - A falta de energia, o hálito com odor amoniacal e a presença de desidratação, mesmo com ingestão de água aumentada, são indícios importantes do comprometimento renal.
4. Outros sinais importantes - Além dos sintomas acima, podem ocorrer pelagem sem brilho, diarreia, hipertensão, anemia, e até alterações visuais ou neurológicas em casos mais avançados.
Diagnóstico: o que o veterinário faz - 
O Dr. Silvio André enfatiza que apenas exames podem confirmar a condição renal. Entre os principais:
 - Exames de sangue: avaliam creatinina, ureia, fósforo e, idealmente, SDMA, biomarcador mais sensível para detectar lesão renal precoce;
 - Análise da urina: verifica concentração (peso específico), presença de proteína, sangue e bactérias;
 - Imagem: ultrassonografia ajuda a avaliar alterações estruturais nos rins;
 - Avaliação da pressão arterial: muitos gatos com doenças renais crônicas desenvolvem hipertensão.
Tratamento e cuidados 
 - Dieta renal especializada: com baixo teor de fósforo e proteínas de alta qualidade — reduz a carga sobre os rins e melhora funções metabólicas;
 - Hidratação contínua: fluidoterapia subcutânea ajuda nas fases mais avançadas, para combater desidratação e eliminar toxinas;
 - Medicações de suporte: para controle da pressão arterial, anemia, vômitos e equilíbrio eletrolítico;
 - Monitoramento periódico: para ajustar tratamento e detectar evolução; fundamental para prolongar a qualidade de vida do gato

‘‘Se notar qualquer alteração, procure um veterinário especializado — o diagnóstico e o tratamento adequados podem trazer qualidade de vida ao seu gato por mais tempo.’’

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