GUIA GRANDE VITORIA ED 08 MAIO 2023


Projetos trabalham a construção da cultura da paz nas escolas

Na Monteiro, temas como empatia e respeito fazem parte da pauta no dia a dia escolar.

No dia 20 de abril, escolas do Brasil inteiro se mobilizaram em torno de uma causa urgente: promover a cultura da paz no ambiente educacional.

Na Escola Monteiro, o dia foi marcado por atividades envolvendo toda a comunidade escolar. Cada turma desenvolveu atividades especiais para o dia, como produção e distribuição de cartões em formato de coração, cartas com mensagens de amizade, acolhimento e empatia, entrega de pirulitos de coração e bombons com mensagens carinhosas, entre outras ações. Na chegada dos alunos pela manhã e na saída do grupo do turno vespertino, músicos se apresentaram para receber alunos e pais.

Professores de ioga, teatro e artes também realizaram atividades e intervenções focadas na promoção da cultura da paz. Mãe de dois alunos da escola, Lidiane Leite Vasconcelos teve uma grata surpresa ao se deparar com as atividades propostas pela escola no dia 20.

“É um momento delicado para nós como sociedade. Gera medo, dúvida, dor e preocupação e demanda de nós estratégias das mais diversificadas, envolvendo inúmeros atores. O enfrentamento da violência exige um esforço coletivo, dos governos, das escolas, das famílias, em diferentes tempos. Há medidas emergenciais necessárias relacionadas à segurança, mas há também a questão da formação ética, humana e política e o combate ao preconceito, ao racismo, à misoginia”, afirma.

Para ela, a escola é lugar para reflexão crítica, disputa de ideias e promoção da cultura da paz, e não lugar da violência. “Deixei meus filhos na escola no dia 20 com confiança, mas também com preocupação. Estávamos todos tensos, mas, ao voltar para buscá-lo, me emocionei ao ser recebida com música, ao ver as crianças correndo e brincando no pátio, os professores saindo da sala de aula com rosas nas mãos e bilhetinhos e corações espalhados pelo espaço físico. Promover a cultura da paz é fazer da escola um espaço onde o acolhimento tenha lugar, a cultura tenha lugar, o diálogo tenha lugar. E vejo essa intenção na Monteiro”, ressalta.

A diretora pedagógica da Escola Monteiro, Penha Tótola, confirma que foi um dia marcado pela emoção e pelo acolhimento. “Nossa intenção foi nos unir ao movimento pela paz nas escolas neste dia específico, mas trabalhamos diariamente pela promoção da cultura da paz, do diálogo, da empatia... Esse cuidado é parte fundamental da nossa forma de pensar a educação e a formação de crianças e adolescentes”, afirma Penha.

Um exemplo são os canais de escuta abertos e até “formalizados” por meio de projetos como as assembleias de turma realizadas quinzenalmente em todas as salas. “Os alunos têm acesso direto às coordenações e à direção, mas desenvolvemos o projeto de assembleias para criar esse espaço de debate, troca e interação entre aqueles que compartilham mais de perto uma rotina escolar. Nas assembleias, podem ser discutidos os mais variados temas, de questões relacionadas ao dia a dia escolar a convivência, empatia e bullying”.

Em uma das turmas de 5º ano do ensino fundamental, por exemplo, nos meses de março e abril, a assembleia colocou em pauta temas como ética e regras de convivência em espaços compartilhados. “Em dois encontros, os alunos discutiram o assunto e puderam manifestar, por meio de dinâmicas, suas inquietações, incômodos e sugestões para a construção de um relacionamento harmônico e respeitoso entre colegas, fortalecendo laços e estabelecendo combinados”, explicam as professoras Kelly Carrareto e Inayá Torresani.

Já no 1º ano do ensino fundamental, que reúne alunos de seis e sete anos, durante as aulas de Português, as professoras Penha Oliveira e Karla Muruci e a bibliotecária Luma Almeida utilizaram a história de Malu, protagonista do livro “Uma Escola Lunática”, para discutir o tema bullying.

A obra conta a história de uma menina, filha de astronautas, que é matriculada numa escola de alienígenas após um acidente em uma viagem intergaláctica. “Ao acompanhar os desafios para a adaptação de Malu, os alunos foram convidados a refletir sobre bullying e a pensar juntos soluções para combatê-lo”, contam as professoras.

No final do ano passado, alunos que então cursavam o 8º ano do ensino fundamental também deram sua contribuição para semear a cultura da paz e o combate ao bullying, ao preconceito e à discriminação, emocionando pais e professores. Na disciplina de teatro, os alunos escreveram, produziram e encenaram uma peça interativa que convidava o público a refletir sobre direitos constitucionais, respeito à diversidade, preconceito, bullying.

A aluna Ana Carolina Zon, conhecida como Rain, participou ativamente da construção da proposta e afirma que a intenção da turma era levar o público a refletir sobre o peso do bullying e do preconceito na vida, na saúde e no bem-estar das pessoas. “Convidamos a plateia de pais, alunos e professores a refletir sobre os momentos em que foram vítimas de bullying, preconceito ou assédio de qualquer ordem e a pensar como se sentiram... Propusemos também uma reflexão sobre as leis e a necessidade de colocá-las em prática,  além de buscar demonstrar o quanto combater o preconceito nos torna mais livres”, diz

 

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